quarta-feira, março 24

Rescaldo 2010

Passados os primeiros 6 meses de liderança independente em Ota, já se podem retirar algumas conclusões do trabalho que tem vindo a ser efectuado pelo actual executivo, o qual deixa muito a desejar, sendo de salientar algumas obras ligadas à pavimentação com pedra de calçada, como é o caso do passeio na rotunda, em torno do muro de um terreno da paróquia, que nada tem, ou seja, o passeio não serve ninguém, se foi para embelezamento da via, não acho estarmos em tempos para esbanjar dinheiro nestes fins, sendo que existem outras formas mais amigas do ambiente e porventura mais económicas para embelezar vias públicas.
Noto também alguma falta de dinamismo e atitude, sabemos que não existem verbas para procedermos a investimentos mais urgentes, mas também com verbas todos podiamos ser Presidentes de Junta. Já estamos a entrar na segunda década do século XXI e continuamos com aquele comportamento senhorial, egocentrista em que tudo gira em torno da Junta, ao invés da Junta servir as instituições e a população residente, e cativar quem nos visita, exige-se trabalho de campo, não é só ter boas ideias, é arregaçar as mangas e ajudar a concretizá-las.
Sou muito adepto do pensar e agir, e é com o exemplo da liderança que as pessoas sentem vontade também elas de agir, não consigo pactuar com o "eu penso e tu executas", é verdade que existem pessoas só para agir, mas não é verdade que só existem pessoas para pensar, isso tem outro nome, lacaísmo.

Num compto geral, foram 6 meses de letargia, de conformismo, em que não souberam ultrapassar a já fora de moda, desculpa financeira.

terça-feira, novembro 10

O turno da noite


Já é do conhecimento de todos nós, que paira uma onda de assaltos e insegurança na nossa freguesia, nos ultimos tempos já se contam um numero significativo de assaltos a instituições públicas e casas privadas, sem que ninguém assuma a realização de um plano para salvaguardar estes imprevistos, ou pelo menos, para os tornar pontuais, já que se está a assumir a sua normalidade. Visto que a a GNR serve mais como remédio do que como prevenção, e o Guarda-
Nocturno é pouco para toda a sua área de acção, resta-nos a vigilância civil dos nossos próprios bens e o zelo por aquilo que nos pertence, mesmo que sejam bens públicos, todavia, as pessoas que gostem e possam, dentro das possibilidades das suas vidas, viver na noite, são criticadas por aqueles que disfarçando estar em casa, para os ver na noite, também não estão a dormir, Ota era muito mais segura com muito mais tolerância e com muito menos conservadorismo arcaico interno.

quinta-feira, outubro 22

Tomada de posse

Decorreu na passada noite dia 21 de Outubro, a tomada de posse da Lista Independente vencedora das últimas eleições na nossa Freguesia, constituindo executivo com as caras prometidas em campanha e com a presença de quase todas as associações locais, bem como representações do Clero e do também recente vencedor autárquico à Câmara Municipal de Alenquer.
Desta cerimónia não resultaram grandes surpresas, destacando-se a saida de António Pereira renunciando ao direito de se fazer representar na Assembleia de Freguesia por motivos pessoais, conforme carta dirigida ao Presidente da Mesa. Também com alguma surpresa destacou-se a falta de representação de um dirigente do Clube de Caçadores visto ser a única Associação a não ser convocada, se bem que já não é surpresa porque esta associação sempre foi vista como outsider (nunca percebi porquê), do conjunto associativo Otense.
Quero destacar também o grande sentido de responsabilidade entre representantes das instituições, deixando de fora todos os incidentes menos agradáveis decorridos na campanha eleitoral, colocando assim os interesses da freguesia à frente de qualquer desentendimento pessoal, o que valida e prespectiva a continuação de um bom trabalho por parte dessas associações, com o apoio da Junta de Freguesia, tal como vinha a ser desempenhado até ao momento.
Quero concluir que da minha parte, estarei bem vivo na vida social Otense e farei uma oposição equilibrada e responsável tendo no horizonte o dinamismo e o crescimento qualitativo local, sendo que, fora de portas, continuarei a lutar com todos os meios que me forem possíveis, para dar a imagem que Ota é a minha terra, de que tanto me orgulho.

terça-feira, outubro 20

Are you strong ?

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sexta-feira, outubro 16

Aqui Sempre...

é água sua fonte,
tinje em verde sua cor,
moradias trepando o monte,
outrora terras de suor.
É orgulho naquela gente
de desporto e cultura,
ama-se como quem sente
a dor como quem cura.
É ouvir dobrar o sino,
Cantar janeiras depois da ceia,
Do Miradouro ao Archino
Da Borralha à Aldeia.
É dos céus o seu estandarte,
De pronuncia educada,
De cavalos sua arte,
De fortuna sua estrada.
É padroeira Piedade
Vinho e trigo ritual
Quem parte leva Saudade
Deste (en)canto de Portugal.

quinta-feira, outubro 15

Liberdade Crítica


"Desde o início das suas investigações que os pensadores da "Teoria Crítica" se propõem constituir um método alternativo às interpretações sociológicas, estéticas, económicas, psicológicas e filosóficas tradicionais, compreendidas enquanto sistemas de validação dos erros cometidos pela sociedade moderna em nome do desenvolvimento e progresso(...)"

"Teoria Crítica propõe uma transformação da realidade social, tendo como objectivo emancipar o Homem de um conjunto de relações de poder exploradoras das suas forças e aptidões."


Por Teoria Crítica considera-se, geralmente, o seguinte:

1 - "(...) as reais possibilidades de podermos vir a coexistir numa sociedade organizada racionalmente, sem que isso implicasse a subordinação da vontade e da individualidade à autoridade logocêntrica;"

2 - "(...) a "Teoria Crítica" define-se como uma análise crítica da sociedade, mas diz-se também proponente de um método que contribui para a erradicação das várias formas de denominação da sociedade em nome de uma autoritária razão instrumental;"


Dicionário de Filosofia Moral e Política



Este excerto visa desmitificar a chamada crítica construtiva e crítica negativa, pelo que se pode facilmente perceber a diferença de linguagem coerciva e violentadora dos princípios da reciprocidade utilizada em nome de interesses individuais, por parte de alguns comentários anónimos, e a minha linguagem, facilmente confundida com arrogância (com alguma razão), que apresenta regular acontecimentos factuais com interpretação própria, em nome de consensos possíveis a favor de imperativos de funcionamento de processos e sistemas.