terça-feira, junho 27


Começa o verão e as interrogações se este ano ainda haverá festa em Ota, uma das poucas festas que se pode gabar de não se pagar entradas, que é frequentada por muita gente jovem, que apesar do fraco cartaz que costuma apresentar consegue viver até altas horas da madrugada, muito por força do espirito arraial dos seus clientes. Este ano, ao que parece, ouvi a feliz notícia de que haverá de novo festa em Ota, a favor da Nossa Senhor da Piedade...
Mais um ano volvido e ao que parece, o problema continua a ser o mesmo, a falta de preocupação que os locais mostram em relação à participação na organização deste evento, que considero ser o mais importante dentro da nossa freguesia, ora se este desinteresse teima em persistir, alguma razão o alimenta.
Vou relatar a causa deste desinteresse, que me consome, porque até tenho vontade de ajudar, o que não posso é participar em algo que não concordo, e não concordo no objectivo da festa, ou seja, eu percebo que a festa seja religiosa, que tenha um santo padroeiro, que não se quebre a sua tradição, o que não percebo é porque não vertem os lucros para a própria festa, ou seja, todos os anos garantíamos uma festa muito mais digna, capaz de se sustentar a si própria, capaz de retribuir aos seus clientes aquilo que eles dão à festa, porque quer queiram quer não, estamos a falar de uma festa popular que vive de arraial, que vive de alegria e celebração, que mostra sobretudo a imagem da nossa freguesia a quem nos visita. É esta a razão do meu desinteresse, que não pode ser confundido com falta de vontade de ajudar, como muitas vezes nos apontamos uns aos outros, revertam o objectivo a favor da freguesia em geral, porque a freguesia não é exclusivamente uma igreja, e aí sim, acredito que muitas mais vontades poderão aparecer para contribuir, como aparecem noutras actividades que existem em Ota, em que não são sempre os mesmos, que se dizem cansados.

4 comentários:

José Antão disse...

Então se não há vontade em contribuir para esse fim, porque não organizar uma festa de Ota paralela, sem envolver a Igreja? Acho que, quer se queira quer não, as pessoas que mais trabalham para fazer a festa acontecer estão de alguma forma ligadas à Igreja e querem que a ligação continue a existir. Não há problema nenhum nisso, mas se se quer uma festa diferente há que trabalhar tanto ou mais do que os que a querem assim.

Anónimo disse...

Apoiadissimo..

Anónimo disse...

Com vontade de trabalhar como atua Ota morre deserta, ou destruida como o fizeste no Centro Social, estragaste o que os outros arranjaram, e muito mais coisas que nem vale a pena dizer

Zero disse...

Lógico que ninguém gosta deste tipo de crítica, mas olhando o lado positivo,consigo encontrar prazer a dar vós aos que dela se envergonham e usam o anonimato para dizer o que lhes vai na alma, e como vês, eu não seleciono comentários nem invento personagens :)

Obrigado e volte sempre.