quarta-feira, junho 14

Garage


Coisas como " smells like teen spirit, we care a lot, fear of the dark, walk " e outras mais , fizeram uma geração virada para uma das maiores revoluções musicais de todos os tempos, não em relação a interpretes ou a vedetas, a compositores, a grupos ou a movimentos, mas sim a um estado de espirito de toda uma geração, que nunca foi tão distante de outras anteriores, como de outras seguintes, mas não foi só a música a marca da geração dos nineteens, a enorme diferença de estilos e o espirito festivo também deram um enorme contributo para apelidar esta geração como " Rasca".
Mas... não é de confrontos geracionais que quero falar, quero mesmo falar das nossas festas de garagem, das nossas passagens de ano, dos nossos movimentos musicais, das nossas actividades e de tudo aquilo que tive a felicidade de acompanhar com muitos amigos, uns conhecidos e outros que nem conhecia de lado nenhum, mas sempre foram todos bem vindos...
Festas de garagem - muitos passaram pelas nossas festas de garagem, umas feitas na minha, outras na garagem do Pato, muitas experiências interessantes, as primeiras bebedeiras e os primeiros vómitos, umas ganzitas à mistura, mas só alguns fumavam ( para não ferir susceptibilidades ), ver se havia alguma possibilidade de curtir com alguma miuda, grandes mosh´s pelo meio, chegou-se a beber oleo e outras bebidas não bebíveis, chegou-se mesmo a formar um clube para angariar fundos para fazer festas, o Live Club...
Quem não se lembra dos mediáticos Suck Heads, ou dos inconfundíveis Death Power? antes também existiu um grupo chamado M. Guerra, uma banda que terminou tragicamente porque um dia fechei o Pato e o CáCá dentro da garagem de ensaio, nesta banda também lá passou o Fina, o Nuno, entre outros ilustres músicos, tudo pessoal formado na Sociedade Escola de Música de Ota, que hoje já não existe, é pena, apesar de não a sentir...
Também certamente poucos se esqueceram dos concertos do Ota Club, do famosíssimo 10 de junho no Centro Social, com cerca de 20 bandas, das passagens de ano na casa do rodas, ou na garagem do Sandro, no Centro Social, ou a tenda do campo de futebol...
Jogavamos futebol nos olhos de água, andavamos de skate na kota ( vale cavalos ), e fazíamos down hill no barrunho, íamos mandar mergulhos da torre da barragem ou no fundão, corríamos as festas da zona quase todas, a pé, roubavamos as namoradas uns aos outros, andavamos à pancada e fazíamos pactos de sangue, no fim, o Xana chateava-se e dizia que ía pa frança :)
não, no fim tudo acabava bem...

tenho de parar senão escrevo uma nova bíblia.

cenas do próximo capítulo:
Festa de Ota, vamos ajudar, mas...

4 comentários:

José Antão disse...

Russo, muito bom! E que pena ja nao sermos teenagers.

Anónimo disse...

Pões o pessoal todo a pensar nos antigamente!! eu não xeguei a ver, mas o fina teve cabelo comprido não foi?

Zero disse...

o fina? o fina era um mega, foi baixista dos death power também e era um rei do mosh, quem o viu e quem o vê...

Anónimo disse...

Querem mesmo saber a minha opinião?

Depois de esperar um pouco e como niguem disse nada, aqui vai ela!

VC são todos uns caretas:-)