domingo, junho 4

Desertificação


Ouvi esta frase e já a repeti diversas vezes:
" Não fossem os brasileiros e Ota passava a maior parte do dia às moscas", só ali à sexta pelas 5 da tarde, começamos a ver algum movimento do pessoal a ir ao café do quim zé registar o euromilhões, mas fechando as apostas voltamos a ouvir o vento ecoar nas esquinas, sinceramente eu sou adepto do sossego, quanto baste pois claro.
Se consultarmos um dado estatístico, por exemplo o número de eleitores de há 30 anos atráz, percebemos facilmente que mergulhamos numa estagnação arrepiante em crescimento populacional, mais estranho ainda quando estamos inseridos numa zona em franco crescimento, é certo que desgovernadamente tendencioso, mas todos crescem, menos nós, como é lógico, vamos tentar perceber porquê...
Na conversa daqueles que não se preocupam muito em pensar, surgem logo as explicações mais óbvias, que deixam sempre a ideia de que a culpa não é nossa, tais como "o Alvaro Pedro leva tudo para Abrigada e não nos deixa fazer nada", ou "isto é tudo dos fidalgos", até pode haver uma certa razão nestas explicações, mas ficarmos amuados a fazer beicinho já se percebeu que não adiantou nada.
Eu sou da opinião de que o que se passa na nossa casa, pra bom ou pra mau, é da nossa responsabilidade, e somos nós que temos de tentar fazer alguma coisa para inverter a tendência, e quando falo em nós, falo tanto a nível colectivo como particular, porque também temos responsabilidades pessoais, como todos sabem, já fomos muito mais simpáticos e acolhedores para quem nos visita, hoje vejo em Ota uma sociedade egocêntrica e uma geração desunida, da qual também eu faço parte, digo e assino.
A nível de comércio, também nos encontramos muito aquém do que já fomos, os proprietários justificam-se com a crise generalizada, mas todos sabemos que o investimento para oferecer melhores condições ao cliente assíduo, bem como outros potenciais clientes, tem de partir do próprio proprietário, se bem que a configuração do espaço comercial de Ota ( largo e ruas adjacentes), poderia oferecer outra dinâmica aos privados, sou assim defensor de se fechar a rua entre a entrada para a Cencotal e a esquina do Topas, isto claro, dentro de um horário nocturno e ao fim de semana, é só uma idéia.
Agora vamos ao maior problema, o de fazer uma casa em Ota, todos sabemos que a Câmara, o plano director, o aeroporto e a Zona Ecológica colocam muitos entraves à construção, mas também sabemos que, a maior parte dos entraves não apresenta fundamento nem lógica, tipo não podermos construir um rés-do-chão ao lado de um primeiro andar, o plano director já ter mais de dez anos e a Zona Ecológica nunca mais ter sido revista desde a sua criação, ora se nos sentimos injustiçados, lezados e prejudicados em relação a outras freguesias visinhas, porque não fazer algo que, a título de exemplo, já resultou, tal como uma recolha de assinaturas à população para fazer fé na justiça, ou mesmo, uma exposição aos media, olha, a TVI adora estes casos.
Termino com uma frase que, pode não ser minha, mas também não a vi em lado nenhum:
NINGUÉM TEM CULPA, SENÃO NÓS TODOS...




cenas do próximo capítulo:
Festas de garagem, idade dos beijinhos...

18 comentários:

José Antão disse...

http://www.tvi.iol.pt/artigo.php?id=373399#

Anónimo disse...

e então porque é que se não fosse os brasileiros nós... não perceb!!

Anónimo disse...

A desertificação é um processo complexo que conduz à degradação de espaços territoriais – solos, águas, vegetação, paisagens, povoamento humano e respectivas actividades sociais, económicas, culturais, merecendo como tal uma atenção especial no sentido de se prevenirem e combaterem as suas causas e de se atenuarem os seus efeitos. Na Ota, as gerações anteriores à nossa nunca tiveram qualquer tipo de preocupação em criar um desenvolvimento sustentado. Tenho esperança que as coisas agora mudem, não de um dia para o outro, mas que se pense em criar novos espaços comerciais, novos centros de actividades lúdico-recreativas, novas datas para festividades. É preciso dinamizar a Ota e Não Dinamitar!!! Todas as ideias serão preciosas, mas não podemos subjugarmos ao poder há décadas instituído.

Anónimo disse...

Eu penso que e a desertificação pode não estar muito relacionada com problemas ambientais... Pois nós, Homens, é que consumimos de forma abusiva todos os recursos naturais que nos são fornecidos, criando assim um impacto ambiental negativo, logicamente com suas consequências, no nosso meio!
Eu acho que, sendo Ota a pequena aldeia que é, está muito dependente de necessidades para se construir espaços ou qualquer outro tipos de acção que leva ao dinamismo! Claro que podíamos ter o centro de dia a trabalhar, ou outro(s) pequeno(s) pormenor(es) a funcionar, mas o impacto que traria seria menor. Mas pedir, a certos elementos, que invistam, na forma de criar mais soluções para “atrair” os habitantes de Ota, é pedir para essas pessoas arriscarem na totalidade! Pois Ota, como todas as outras aldeias do tipo, em termos de evolução anda ao “sabor do vento“, acompanhando e não criando! E também se sabe que o “Português” só investe com indicações de ganho garantido, sendo assim penso que a melhor solução, para nós Ota, é espera que as varias evoluções sociais cheguem, e aí sim justificar um investimento para se acompanhar ou aproveitar a evolução! Mas também, se o que leio e que todos nós esperamos que vá acontecer seja verdade, Ota não vai ter esse tipo de problemas.

José Antão disse...

Eu não consigo perceber bem do que é que o pessoal se queixa, se não de si próprios. O dinamismo não se cria apenas com infraestruturas, até porque essas existem em quantidade e qualidade razoáveis. Por exemplo, ter o F.C.O. a funcionar é um sinal de dinamismo; a corrida do Mirante é outro; o 25 de Abril outro; as corridas/passeios de bicicleta outro; não sei das actividades do Centro Social, mas lembro-me de que havia pelo menos a ginástica, a caça, alguma festa de vez em quando, etc. Agora, se cada um fica à espera de que as coisas lhes venham ao caminho, então sim, é o deserto. E a crítica é boa, mas se não se aje para combater o que se critica, então não passa de lamento. Vá lá, gente. Calimeros não.

Zero disse...

A caça nunca foi actividade do Centro Social, só pa corrigir algum mal entendido. Ah, e não percebi essa do calimero, podes explicar zé?

José Antão disse...

Não era o Calimero que passava a vida a queixar-se de que ninguém gostava dele? É só uma analogia, para dizer que não podemos passar o tempo todo a lamentar-nos, sem fazer alguma coisa para corrigir as coisas que originam os lamentos. E o facto de Ota ser pequena ou grande não é um bom argumento ou desculpa para que não tenham iniciativas. Há muita coisa que temos em Ota que nem todos têm. Gostava de ver o dinamismo de uns poucos contagiar os restantes. Quanto à caça, é coisa de que não tenho grande conhecimento. Peço desculpa pela confusão, mas para o efeito é irrelevante.
Já agora, e porque acho que ainda não o fiz anteriormente, dou-te os parabéns pelo blog. Acho que vale bastante a pena meter o dedo em algumas feridas, nem que seja só para espevitar o pessoal. Continua.

Anónimo disse...

A "caça" durante anos pertenceu ao Centro. Quem quisesse ser "sócio da Caça" teria que ser primeiro "sócio do Centro". E, por exemplo, a Sede ainda é nos terrenos do Centro. O actual empregado pertence à Caça mas, o antigo era empregado do Centro.

Bons banhos e muito sol! (mas, façam por reduzir os números de vitimas mortais nas estradas - 23 mortos numa semana - fora os que ficam para sempre com problemas graves e/ou morrem mais tarde)

Zero disse...

escrevi e reescrevo para voltar a corrigir mal entendidos, eu disse que a caça nunca foi actividade do Centro, não disse que não pertenceu ao Centro, e o antigo guarda era do Centro mas apenas por uma necessidade legal, quem pagava os salários eram os caçadores atravez de cotas, não as cotas dos sócios do Centro, é de agradecer ao Centro a disponibilidade da infraestrutura e da burocracia mas não se pode misturar como actividade porque a caça sempre foi completamente autónoma, daí a diferença entre actividade e pertenças :)

Zero disse...

ah, e os carros e o alcool e o sol, pois, pois, é verdade, ninguém é perfeito :)

Zero disse...

Zé, mas o calimero não foi aquele da juderia à Abelha Maia ??? :)

Anónimo disse...

Sabes qual era o nome do recente "Clube de Caçadores de OTA", ate a dois meses atrás?
Sim, na última assembleia é que a secçao de caça do centro social de Ota ficou com este nome. Mas quanto as tuas dúvidas! Podes te informar com o "presidente" do actual clube. Até esta data nao era presidente mas sim director da secçao de caça, dentro da instituiçao so poderia haver um presidente o do Centro. Esta secçao era so para os socios do centro que querem ser caçadores. Já na ginástica tu podes ser ou não socio do centro.

Anónimo disse...

A caça sempre foi actividade do centro. Foi criada atraves do centro. O nome era:Centro Social Recreativo e Desportivo de Ota-Secção de Caça.Com morada e numero de contribuinte do Centro. A unica coisa que nao acontecia era caçar la dentro.Isso por enquanto é no mato! Acho que ja entendes-te! Olha quanto ao novo Clube de Caçadores, eu ainda nao sei muito mas acho que e para terem maior mobilidade.

Zero disse...

não vou repetir, porque parece-me que nunca mais me vou fazer entender, mas admito o meu problema, o de não me conseguir fazer entender...

Anónimo disse...

Isso de as pessoas nao se fazerem entender!O problema esta em querer que os outro vejam as coisas como tu estas a querer e nao pelo que ela sao . Sabes bem que isto era assim. E só ja nao é para nao depender das assinaturas do presidente do centro e outras coisas! Já viste se o proximo presidente do centro for da protectora. Os folanos da caça ficavam mal!!!!!

Zero disse...

eu sei bem como funcionava a caça e o centro, não tem a ver com o meu ponto de vista mas sim com duas organizações que dependiam dos mesmos estatutos para funcionarem, mas que não interferiam nos assuntos internos de cada uma, como é que se pode dar mérito a quem está a frente do centro por uma coisa que outras pessoas trabalham, até porque a direção do centro mudou e as pessoas da caça eram as mesmas, ou seja autonomia. um aparte, a organização dos caçadores é muito mais amiga do ecossistema animal que qualquer outra ambientalista, ou seja, vai ser esse o meu próximo texto.

Anónimo disse...

Muito bem fico a espera do proximo texto!!!!
Esto farto de falar deste!
E tu ja nem te entendes:

Começas com um Zé a dizer:

"A caça nunca foi actividade do Centro Social, só pa corrigir algum mal entendido."

Depois com o anonimo:

"eu disse que a caça nunca foi actividade do Centro, não disse que não pertenceu "

E acabas com:
"duas organizações que dependiam dos mesmos estatutos para funcionarem"

Então a que chegamos?

La numa coisa tens razao, no centro ainda mudam agora em certas instituiçoes sao sempre os mesmos!
É de ter pena das pessoas que trabalham tanto!Mas nao querem dar lugar aos outros! ( ainda andam ca muitos santos na terra sem serem beatificados)!!!!

Quanto a caça ser muito amiga do ecossistema animal nao duvido.
O pior e que temos " Caçadores "
se assim se pode chamar que nao respeitam nada nem ninguem!!!!
Sao mais uns gulosos pela arca cheia. Tipo burro de palas!

A todos um ano cheio de caça !!!!

Mas por favor la pelas quotas serem altas nao matem tudo!!!!!!!

Zero disse...

xeira a dor de cotovelo mas gurus em ota só os que querem ir para o poleiro sem ser votados, ou os que usam o poleiro pa funcionar privadamente, se é que me entendes, não vi nos teus excertos qualquer contradição e os caçadores que matam tudo são os que são contra a secção de caça em ota e socios de secções de outros lados, é vida.